D E S I S T O !



Só queria arranjar uma nova forma de partir, ir para bem longe daqui, largar tudo, refugiar-me num sítio incapaz de alguém me encontrar. A verdade, é que eu já parti, mas o meu corpo continua neste lugar, está imóvel e nem forças há para mover um músculo que seja.
Posso estar de novo a cometer o maior erro da minha vida, e agora sei que afinal a culpa não é tua, é minha, por te aceitar mais uma vez na minha vida sem justificações de nada, aliás, nem justificações tens, nunca as chegaste a ter (...) Deixas o teu rasto a cada caminho que vais e vens, e cada pedaço desse mesmo vai ficando em mim, onde nunca vai haver maneira de o tirar, nunca vou conseguir arranjar uma borracha capaz de apagar tal coisa. Agora o meu medo, é chegares a fugir de novo deste lugar, até os nossos bancos de estações sentem a nossa falta, a nossa presença desapareceu, sem rasto, apenas ficou a memória onde ainda me custa lembrar tudo aquilo que aqueles bancos contam e já não vale a pena pedir para que fiques, é inútil. O meu coração já interiorizou que vais permanecer para a vida inteira, e que amar-te vai ser até o mundo acabar, para não dizer que a esperança, por mais pequena que seja, vai sempre ajudar-me a lutar por ti, mesmo sem armas, mesmo sem forças, mesmo sem nada para lutar, a luta vai permanecer em mim até ao fim da minha vida, porque quer queiras quer não, vais ser sempre o homem que sempre sonhei, e todos os meus sonhos e planos do futuro, só fazem sentido contigo, por seres a pessoa que és, por seres o que foste comigo durante este tempo todo. E depois é por te amar tanto que esqueço todos os altos e baixos que a vida nos opôs. Estás feliz, eu sei que estás, é bom saber isso, mas também não te vou dizer que fico completamente feliz, mas sinto-me bem, apenas sinto-me bem por saber que a vida corre-te bem, mas admito que gostava de ser eu a fazer-te assim feliz, aliás, quem não gostava de fazer feliz a pessoa que mais ama? Gostava de te roubar o coração, como te roubei naquele mês, onde foste o melhor do meu Verão, e agora, estás a ser o pior do meu Inverno! O teu cheiro teima ainda em viver comigo, desde o último dia em que te vi, e já passou meio ano que não te vejo. Dói muito estas saudades, por isso, vê lá se pensas em fazer-me uma visitinha, por mais curta que ela seja (...) mas eu preciso de te ver, preciso de te sentir, sabes (...) eu preciso de ti!


Texto: Vanessa Marques

2 comentários:

  1. está lindíssimo o texto, adorei :)

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  2. Está realmente bonito * Sei o quanto é dificil.
    Obrigada por seguires, também vou seguir o teu { esta muito lindo } querida (:

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